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Foto do escritorEdimar Daros

Como tratar úlceras venosas?

Atualizado: 19 de jul. de 2023

As úlceras venosas são lesões cutâneas que ocorrem nas extremidades devido a problemas de circulação sanguínea causados por disfunções vasculares. Essas disfunções podem surgir devido a falhas no sistema valvar das veias, obstrução venosa causada por varizes, malformação das válvulas, hipertensão venosa ou oclusão venosa por coágulos, resultando em hipertensão venosa e causando úlceras. Essas úlceras são consideradas as mais comuns e crônicas nas pernas, afetando pessoas de todas as faixas etárias, desde jovens até idosos. Estima-se que essas úlceras possam ocorrer em até 80% dos casos de úlceras crônicas de perna.


As úlceras venosas ocorrem quando há uma interrupção do fluxo sanguíneo adequado nas veias das pernas. A insuficiência venosa crônica resulta em um acúmulo de sangue nas veias, causando aumento da pressão e danos às paredes das veias. Com o tempo, esses danos podem levar à formação de úlceras.


As úlceras venosas podem ser de tamanho variável, desde pequenas feridas até grandes lesões. Elas tendem a ser persistentes e podem levar semanas, meses ou até mesmo anos para cicatrizar completamente, se não forem tratadas adequadamente.


O tratamento das úlceras venosas envolve o gerenciamento da insuficiência venosa subjacente, promovendo a cicatrização da úlcera e prevenindo infecções. Isso pode incluir medidas como o uso de curativos especiais para promover a cicatrização, a elevação das pernas, o uso de meias de compressão, a limpeza adequada da úlcera e a melhoria da circulação por meio da atividade física regular.


É importante buscar cuidados médicos adequados se você suspeitar de uma úlcera venosa ou se tiver sintomas relacionados à insuficiência venosa crônica. Um profissional de saúde poderá avaliar sua condição, fornecer um diagnóstico preciso e recomendar o tratamento apropriado.




 

Quais os sintomas das úlceras venosas?

  • Feridas abertas, geralmente com bordas irregulares e de aparência avermelhada, marrom ou amarelada;

  • Dor ou sensibilidade na área afetada;

  • Coceira ou sensação de queimação na pele ao redor da úlcera;

  • Inchaço das pernas e tornozelos;

  • Pele seca, descamativa ou com manchas escuras na área afetada;

  • Descarga ou secreção da úlcera.


Veias das úlceras venosas
Úlceras venosas

 

Quais são os fatores de risco das úlceras venosas?


Vários fatores aumentam o risco de desenvolver úlceras venosas, incluindo idade avançada, histórico de trombose venosa profunda, obesidade, tabagismo, imobilidade prolongada, gravidez, histórico familiar e doenças subjacentes, como insuficiência venosa crônica.

  • Idade avançada: A incidência de úlceras venosas aumenta com a idade. Isso ocorre porque, à medida que envelhecemos, nossas veias podem perder elasticidade e a capacidade de retornar o sangue eficientemente ao coração pode diminuir.

  • Histórico de trombose venosa profunda (TVP): A TVP é uma condição na qual um coágulo de sangue se forma em uma veia profunda, geralmente nas pernas. A presença de TVP prévia aumenta o risco de desenvolver úlceras venosas devido a danos nas veias e fluxo sanguíneo prejudicado.

  • Obesidade: O excesso de peso coloca uma pressão adicional nas veias das pernas, dificultando o retorno eficiente do sangue ao coração. Isso pode levar a uma má circulação e aumentar o risco de úlceras venosas.

  • Tabagismo: Fumar pode afetar negativamente o sistema circulatório, causando danos nas veias e redução do fluxo sanguíneo. Isso pode contribuir para o desenvolvimento de úlceras venosas.

  • Imobilidade prolongada: Ficar sentado ou em pé por longos períodos de tempo sem se movimentar adequadamente pode dificultar o retorno do sangue venoso ao coração. A imobilidade prolongada pode levar à estase venosa, um acúmulo de sangue nas veias, aumentando o risco de úlceras venosas.

  • Gravidez: Durante a gravidez, ocorrem mudanças hormonais e físicas que podem aumentar o risco de desenvolver úlceras venosas. O aumento do volume sanguíneo, a pressão do útero em crescimento nas veias pélvicas e a diminuição da velocidade do fluxo sanguíneo podem contribuir para o desenvolvimento de úlceras venosas.

  • Histórico familiar: Se você tem um parente próximo, como pai ou irmão, que teve úlceras venosas, você pode ter um risco aumentado de desenvolver a condição. A predisposição genética pode influenciar a estrutura e a função das veias, aumentando a probabilidade de desenvolver úlceras venosas.

  • Doenças subjacentes: Certas condições médicas, como insuficiência venosa crônica, podem aumentar o risco de úlceras venosas. A insuficiência venosa crônica ocorre quando as veias das pernas têm dificuldade em bombear o sangue de volta ao coração de forma eficiente.


 

Por que é preciso tratar úlceras venosas?


Existem várias razões para tratar as úlceras venosas de forma adequada, os mais importantes incluem:

  • Alívio dos sintomas: As úlceras venosas podem ser dolorosas, com sensação de queimação ou coceira. O tratamento adequado ajuda a aliviar esses sintomas desconfortáveis, melhorando a qualidade de vida do paciente.

  • Prevenção de complicações: As úlceras venosas não tratadas têm maior probabilidade de se tornarem crônicas e de sofrerem infecções secundárias. Além disso, podem levar ao desenvolvimento de celulite (infecção na pele), erisipela (infecção bacteriana aguda), trombose venosa profunda (TVP) e outras complicações graves.

  • Cicatrização e fechamento da úlcera: O tratamento adequado visa promover a cicatrização da úlcera venosa. Isso ajuda a reduzir o tamanho da ferida e eventualmente a fechá-la completamente, permitindo que a pele se regenere e minimize o risco de recorrência.

  • Prevenção de recorrências: O tratamento adequado e o controle da insuficiência venosa subjacente ajudam a diminuir as chances de recorrência das úlceras venosas. Ao tratar a causa raiz do problema, é possível reduzir a probabilidade de desenvolver novas úlceras no futuro.

  • Melhoria da mobilidade e funcionalidade: As úlceras venosas podem causar dor, inchaço e desconforto, o que pode afetar a mobilidade e a funcionalidade do paciente. O tratamento adequado visa melhorar a circulação sanguínea, reduzir o inchaço e aliviar os sintomas, permitindo que o paciente retome suas atividades diárias normais.

  • Melhoria da aparência estética: As úlceras venosas podem ter um impacto significativo na aparência estética da pele, causando manchas, descoloração e feridas abertas. O tratamento adequado pode ajudar a melhorar a aparência da pele, promovendo a cicatrização das úlceras e reduzindo a pigmentação anormal.

É importante ressaltar que o tratamento das úlceras venosas deve ser individualizado, levando em consideração o estágio da úlcera, a presença de complicações e as condições de saúde do paciente. É recomendado buscar orientação médica de um profissional de saúde especializado em feridas ou em doenças vasculares, para receber um plano de tratamento adequado e acompanhamento adequado ao longo do processo de cicatrização.


 

Quais são as pessoas que mais sofrem com úlceras venosas?


As úlceras venosas podem afetar pessoas de diferentes idades e gêneros. No entanto, existem alguns grupos de pessoas que são mais propensos a desenvolvê-las.

  • Pessoas mais velhas: A incidência de úlceras venosas aumenta com a idade. À medida que envelhecemos, nossas veias podem perder elasticidade e a capacidade de retornar o sangue eficientemente ao coração pode diminuir.

  • Mulheres: As mulheres são mais propensas a desenvolver úlceras venosas, principalmente devido a fatores hormonais associados à gravidez, menopausa e terapia hormonal.

  • Pessoas com histórico de trombose venosa profunda (TVP): A TVP é uma condição na qual um coágulo de sangue se forma em uma veia profunda, geralmente nas pernas. A presença de TVP prévia aumenta o risco de desenvolver úlceras venosas devido a danos nas veias e fluxo sanguíneo prejudicado.

  • Pessoas com insuficiência venosa crônica (IVC): A IVC é uma condição em que as veias das pernas têm dificuldade em bombear o sangue de volta ao coração de forma eficiente. A presença de IVC aumenta significativamente o risco de desenvolver úlceras venosas.

  • Pessoas com obesidade: O excesso de peso coloca uma pressão adicional nas veias das pernas, dificultando o retorno eficiente do sangue ao coração. Isso pode levar a uma má circulação e aumentar o risco de úlceras venosas.

  • Pessoas com histórico familiar: Se você tem um parente próximo, como pai ou irmão, que teve úlceras venosas, você pode ter um risco aumentado de desenvolver a condição. A predisposição genética pode influenciar a estrutura e a função das veias, aumentando a probabilidade de desenvolver úlceras venosas.

  • Pessoas com estilo de vida sedentário ou imobilidade prolongada: Ficar sentado ou em pé por longos períodos de tempo sem se movimentar adequadamente pode dificultar o retorno do sangue venoso ao coração. A imobilidade prolongada pode levar à estase venosa, um acúmulo de sangue nas veias, aumentando o risco de úlceras venosas.

  • Pessoas com outras condições médicas subjacentes, como doença arterial periférica, diabetes, hipertensão arterial ou doenças do tecido conjuntivo, que podem afetar a circulação sanguínea e aumentar o risco de úlceras venosas.

É importante notar que a presença de um ou mais desses fatores de risco não garante o desenvolvimento de úlceras venosas. No entanto, se você está em um grupo de risco, é aconselhável adotar medidas preventivas, como manter um estilo de vida saudável, controlar condições médicas subjacentes e buscar orientação médica se houver preocupações específicas.


 

Como tratar úlceras venosas?


O tratamento das úlceras venosas é baseado em abordagens que promovem a cicatrização da úlcera, aliviam os sintomas e abordam a causa subjacente da insuficiência venosa crônica, como:

  • Curativos especiais: A aplicação de curativos específicos para úlceras venosas pode ajudar a promover a cicatrização, proteger a ferida de infecções e controlar o ambiente úmido necessário para a cicatrização adequada. Exemplos de curativos comumente usados incluem hidrocoloides, hidrogéis, alginatos e espumas.

  • Terapia de compressão: O uso de meias de compressão ou bandagens compressivas é fundamental no tratamento de úlceras venosas. A compressão auxilia na redução do inchaço, melhora o retorno venoso e promove a cicatrização da úlcera. As meias de compressão devem ser ajustadas adequadamente e usadas durante todo o dia, sob orientação de um profissional da saúde especializado.

  • Limpeza e desbridamento da úlcera: É importante manter a úlcera limpa para prevenir infecções. A limpeza adequada da úlcera pode envolver irrigação com soluções específicas, remoção de tecido necrótico (desbridamento) e aplicação de antissépticos ou produtos adequados para limpeza.

  • Tratamento de infecções: Se houver sinais de infecção na úlcera, como vermelhidão intensa, inchaço ou secreção purulenta, pode ser necessário o uso de antibióticos tópicos ou sistêmicos para controlar a infecção.


Curativo sendo aplicado em úlceras venosas
Curativos

 

Por que utilizar laserterapia no tratamento de úlceras venosas?


A laserterapia tem sido utilizada como um tratamento complementar no cuidado de úlceras venosas. O uso do laser oferece vários benefícios no processo de cicatrização dessas úlceras. Aqui estão algumas razões pelas quais a laserterapia pode ser utilizada no tratamento de úlceras venosas:

  • Estimulação da cicatrização: O laser de baixa intensidade, também conhecido como laser de baixa potência ou laser terapêutico, pode estimular a atividade celular nas camadas mais profundas da pele. Isso pode promover a proliferação de fibroblastos, células responsáveis pela produção de colágeno, elastina e outras substâncias que são essenciais para a cicatrização adequada da úlcera.

  • Aumento da circulação sanguínea: A laserterapia pode ajudar a melhorar o fluxo sanguíneo na área afetada pela úlcera venosa. O laser de baixa intensidade pode dilatar os vasos sanguíneos, reduzindo a resistência ao fluxo sanguíneo e aumentando a oxigenação dos tecidos. Isso pode resultar em melhor suprimento de nutrientes e oxigênio para a região da úlcera, favorecendo o processo de cicatrização.

  • Redução da inflamação: O laser de baixa intensidade tem demonstrado propriedades anti-inflamatórias. Pode ajudar a reduzir a resposta inflamatória na área da úlcera venosa, diminuindo o edema e a vermelhidão, aliviando a dor e facilitando a cicatrização.

  • Estimulação do sistema imunológico: O laser terapêutico também pode estimular o sistema imunológico local, aumentando a atividade das células envolvidas na defesa do organismo. Isso pode ajudar a controlar infecções secundárias e favorecer a cicatrização da úlcera.

  • Redução da dor: A laserterapia de baixa intensidade pode ter um efeito analgésico, ajudando a reduzir a dor associada à úlcera venosa. Isso pode melhorar o conforto do paciente durante o processo de tratamento.

É importante destacar que a laserterapia não é o único tratamento para úlceras venosas, e sua eficácia pode variar de acordo com o paciente e a gravidade da úlcera. O uso de laserterapia deve ser feito sob a supervisão de um profissional de saúde qualificado, que poderá avaliar adequadamente o caso e determinar a melhor abordagem terapêutica. A laserterapia pode ser usada como parte de um plano de tratamento abrangente, combinado com outras abordagens, como curativos específicos, terapia de compressão e cuidados com a pele.


 

Por que utilizar ozonioterapia no tratamento de úlceras venosas?

A ozonioterapia tem sido explorada como uma opção terapêutica para o tratamento de feridas, incluindo úlceras de diferentes etiologias. Entre as principais vantagens da aplicação de ozônio medicinal para a cicatrização e tratamento de úlceras em membros inferiores estão:

  • Ação antimicrobiana: O ozônio possui propriedades antimicrobianas potentes. Ele pode ajudar a eliminar bactérias, fungos e vírus presentes na área da úlcera venosa. A redução da carga microbiana pode ajudar a prevenir ou tratar infecções secundárias, o que é importante para a cicatrização adequada da úlcera.

  • Estimulação da cicatrização: A ozonioterapia ajuda a estimular a cicatrização de úlceras venosas. O ozônio pode ativar enzimas antioxidantes e melhorar o metabolismo do oxigênio nas células, promovendo a regeneração e a cicatrização dos tecidos.

  • Melhoria da circulação sanguínea: A ozonioterapia pode ajudar a melhorar a circulação sanguínea na área afetada pela úlcera venosa. O ozônio pode melhorar a flexibilidade das células vermelhas do sangue, reduzindo a viscosidade sanguínea e aumentando a oxigenação dos tecidos. Isso pode facilitar a entrega de nutrientes e oxigênio à região da úlcera, favorecendo a cicatrização.

  • Ação anti-inflamatória: O ozônio pode reduzir a inflamação local. Isso pode ajudar a controlar a resposta inflamatória na área da úlcera venosa, diminuindo o inchaço, a dor e a vermelhidão.

  • Estímulo ao sistema imunológico: A ozonioterapia também pode estimular o sistema imunológico, aumentando a atividade de células envolvidas na defesa do organismo. Isso pode ajudar a controlar infecções secundárias e favorecer a cicatrização da úlcera.

No entanto, é importante ressaltar que a ozonioterapia deve ser aplicada por profissionais de saúde qualificados, pois a dose, a concentração e o modo de aplicação podem variar de acordo com a ferida e as necessidades individuais do paciente. Além disso, a ozonioterapia geralmente é usada como parte de um plano de tratamento abrangente que pode incluir outras terapias convencionais, como curativos específicos, terapia de compressão e cuidados adequados com a ferida. Consultar um profissional de saúde especializado é essencial para determinar a viabilidade e a adequação da ozonioterapia no tratamento de uma ferida específica.

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